Um milhão de reais na conta. Sem dúvida é um valor que a grande maioria dos brasileiros dificilmente terá em uma vida inteira.
Mas alguns anos de poucos gastos e ótimas escolhas de trabalho pode levar muitas pessoas a chegar a este valor tão almejado. Ou uma herança. Ou um prêmio de loteria.
Mas enfim, temos um milhão de reais nas mãos – sim, é uma hipótese, mas vamos seguir em frente – e sabemos que dinheiro parado perde valor por conta da inflação que existe em praticamente todas as economias, e em especial a brasileira.
E muitas pessoas, pensando na segurança e na praticidade da Poupança, prefere este investimento para continuar recebendo um valor mensal e viver com tranquilidade.
Mas será que este é o melhor caminho para valorizar este 1 milhão de reais? Quanto rende 1 milhão de Reais na Poupança?
Por que a Poupança é a aplicação preferida de muitos brasileiros?
Qual brasileiro nunca ouviu falar de Caderneta (para os mais experientes) ou Conta de Poupança?
É uma aplicação criada no século 19 pelo Governo Federal com a intenção de – já naquele tempo – proteger as economias das pessoas contra as perdas com a inflação.
Esta tradição se mantém até hoje, pois ela ainda é a forma de poupar preferida da maioria dos brasileiros, especialmente os de renda e escolaridade mais baixas:
- É prática: não tem valor mínimo de aplicação ou saque ou burocracia para resgatar;
- É a mais barata: não tem taxa de administração e não paga Imposto de Renda;
- É a mais simples: a linguagem financeira da outras aplicações é complexa até para pessoas do setor;
- É a mais segura: existe o Fundo Garantido até 70 mil reais para o caso de o banco quebrar.
Todos esses fatores tornam a Poupança a preferência de brasileiros que não querem ou não têm tempo de se envolver no mundo financeiro e precisam de liquidez e agilidade para saques.
Quanto rende 1 milhão de Reais na Poupança?
Antes de chegarmos a um valor, que vai depender da taxa da Poupança na época do cálculo, é preciso considerar o que é rendimento.
Muitos brasileiros consideram que é o valor realmente recebido, o que para efeito do valor real do dinheiro, não é correto. Temos a inflação, que corroi boa parte do poder de compra deste dinheiro. Ou seja, devemos considerar que o rendimento é o valor recebido acima da inflação.
Se tomarmos um exemplo de 1 milhão de reais com o objetivo de comprar um imóvel do mesmo valor no prazo de 12 meses:
Se o percentual de Poupança for de 6% ao ano, ao final dos 12 meses teremos 1.060.000. Então temos um ganho financeiro de 60.000 reais. Porém, se o imóvel aumentou de preço pela inflação do mesmo período de 3,5%, ele custará 1.035.000.
Desta forma, o rendimento real será de 25.000 reais.
Então a Poupança é uma aplicação rentável?
Podemos dizer que, mesmo sendo isenta de Imposto de Renda e de taxa de administração e quando comparamos com as outras aplicações nos mesmos prazos e valores, a Poupança é rentável – mas é uma das menos.
O rendimento dela está atrelado à 70% da taxa Selic, a taxa de juros oficial da economia e que é gerida pelo governo, mais a TR (Taxa Referencial).
A TR atualmente está zerada. Desta forma, qualquer mudança para baixo na Selic afeta a rentabilidade da Poupança diretamente. Se tomarmos a Selic de 6,5% publicada no final de outubro/2018, o rendimento da Poupança será de 4,55% ao ano.
Quando comparamos com as demais aplicações, em que pese ser mais segura e prática, a Poupança é um das opções menos interessantes financeiramente.
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